Conselho de Saúde alerta o governo sobre superlotação de ônibus no ES
O Conselho Estadual de Saúde do Espírito Santo recomendou que o governo do estado aumente o número de ônibus do sistema Transcol, com o objetivo de conter o avanço da pandemia da Covid-19.
A recomendação foi publicada nesta terça-feira (22), no Diário Oficial. O Conselho de Saúde é um órgão colegiado que compõe o Poder Executivo como um espaço de participação popular.
Desde janeiro deste ano, uma portaria publicada pelo governo estadual permite que os ônibus do sistema Transcol saiam dos terminais com pessoas em pé, mas exige a continuidade do uso de máscaras entre os passageiros.
No entanto, para integrantes do conselho, a medida deve ser revogada. Além do horário da frota, especialmente em horários de pico, os conselheiros recomendam também que sejam adotadas medidas de distanciamento dentro dos coletivos.
Outro pedido é a criação de um fórum de discussão que envolva o Conselho Estadual de Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) e as empresas de transporte de passageiros.
A presidente do conselho, Geiza Pinheiro Quaresma, defendeu que a portaria publicada em janeiro pelo governo seja revogada diante de uma série de reclamações de superlotação nos ônibus. Reforçou ainda a necessidade de fiscalização do uso de máscara.
“Essa recomendação surgiu de uma reunião da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador. O quadro atual está pressionando o SUS, está abarrotando os hospitais. Se o governo não tomar providência de cobrar das empresas a fiscalização do uso máscaras por parte de todos que estão nos ônibus, isso só piora o quadro”, pontuou.
Procurada pela reportagem, a Semobi não comentou sobre a possibilidade de aumento do número dos ônibus e sobre revogar a portaria que permite que ônibus saiam com passageiros em pé dos terminais.
A secretaria disse que a frota do Transcol está operando com 100% dos veículos nas ruas desde outubro de 2020. A frota atual é de 1.600 veículos.
Com a retomada das atividades econômicas, a demanda de passageiros está bem próxima do que era no momento anterior a pandemia, segundo a secretaria. Por isso, a orientação da Semobi é de que as atividades que puderem, desloquem os horários de entrada e saída de seus funcionários, para diluir a demanda nos horários de pico.
Sobre o uso de máscaras, a pasta afirmou que a fiscalização é feita de modo sistemático.
“Nos coletivos, os passageiros podem denunciar o não uso do equipamento por meio do aplicativo ÔnibusGV. Além do uso obrigatório da máscara, o Sistema Transcol vem adotando um rígido protocolo de prevenção que contabiliza mais de quarenta ações implantadas desde o início da pandemia, todas acompanhadas e validadas pelas autoridades de saúde do estado”, disse a Semobi em nota.
A pasta também disse que a população pode denunciar a superlotação nos ônibus. Segundo a Semobi, com as denúncias, a oferta dos ônibus pode ser reajustada para atender à demanda.
“Os passageiros também podem ajudar, informando sobre lotação no aplicativo ÔnibusGV ou por meio do Disque Ceturb (08000391517) para que a demanda seja adequada à oferta. No caso do Disque Ceturb, é importante que seja informado o dia, a hora, a linha e o número veículo que apresentar lotação. Pelo aplicativo ÔnibusGV também é possível verificar os horário, itinerários e lotação dos veículos em tempo real. Assim, o passageiro pode se programar e optar por embarcar em um veículos com menos passageiros”, informou.
Reprodução A Gazeta
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