Advogado é preso em operação contra facção que agia até em presídio no ES
Jerick Marques de Souza é apontado um dos envolvidos em organização criminosa com atuação em Viana e Cariacica
Alvo da Operação Selati, que mira a atuação de uma organização criminosa da Grande Vitória, um advogado foi preso, apontado como um dos envolvidos em esquema que funcionava dentro de presídios do Espírito Santo e nas ruas, com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, lavagem de dinheiro e segurança privada clandestina.
Conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, Jerick Marques de Souza foi preso na sexta-feira (9), quando a Polícia Federal (PF), que coordena a operação, cumpriu sete mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão contra o grupo criminoso — que teria atuação em Viana e Cariacica.
Após a prisão, Jerick foi encaminhado à Penitenciária de Segurança Média I, em Viana. A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Espírito Santo (OAB-ES) informou à TV Gazeta que ele colaborou com as diligências policiais durante a operação. A ação ainda mira outra advogada, que está foragida. A reportagem tenta contato com a defesa do advogado preso.
As investigações sobre o grupo começaram após a prisão em flagrante de um dos integrantes por posse ilegal de armas. A partir daí, surgiram indícios de que o grupo operava de forma estruturada. Mesmo após a detenção do suspeito, as atividades criminosas do grupo continuaram e passaram a ser geridas de dentro do sistema prisional.
A atuação da organização criminosa
Conforme as investigações, a facção contava com uma estrutura criminosa bem organizada, com diferentes ramos de atuação. Durante as apurações, foi descoberta a existência de núcleos no grupo. São eles:
- Núcleo Gerencial: verificou-se que, após a prisão em flagrante realizada, a coordenação operacional passou a ser exercida por outros integrantes, com o apoio de subordinados responsáveis pela logística e pelo transporte dos entorpecentes.
- Núcleo Técnico: foram identificados advogados que, de forma consciente e frequente, atuavam como intermediários para o repasse de ordens criminosas entre o líder preso e os demais membros.
- Núcleo Financeiro: era responsável pela sustentação econômica da organização, ao movimentar e produzir recursos financeiros por meio dos negócios ilícitos.

Segundo a Polícia Federal, além do cumprimento dos mandados, houve apreensão de bens móveis e imóveis e ainda o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e ativos patrimoniais — com valor total estimado em R$ 2,6 milhões.

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