Covid e gripe: avanço de casos afasta 500 funcionários de supermercados no Espírito Santo
Os recentes aumentos dos casos de covid-19 da cepa Ômicron e da epidemia de gripe no Espírito Santo têm afetado o dia a dia de supermercados, bares, restaurantes e comércio em geral.
O número de atestados médicos dos trabalhadores desses setores aumentou, levando empresas e lojas a remanejarem equipes de atendimento, contratando funcionários extras ou alterando horário de funcionamento.
Segundo a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), há grandes empresas que já contabilizam 500 funcionários afastados.
“Não há como negar que o setor foi impactado por essa recente onda de gripe. Esses afastamentos pedem que haja toda uma readequação em toda a cadeia de trabalho do supermercado. Nas grandes redes ainda há a possibilidade da substituição. Mas nas empresas menores, naqueles supermercados de bairros, com grande número de funcionários doentes, a situação fica mais complicada”, explica o superintendente da Acaps, Hélio Schneider.
Schneider garante que o abastecimento não está comprometido. “Os supermercados lidam com o chamado estoque de segurança, pensando justamente em situações excepcionais. A população pode fazer suas compras de maneira tranquila”, apontou.
O superintende analisa que, ao contrário das primeiras ondas de covid-19, o retorno dos trabalhadores afetados é mais rápido.
“Não há mais aqueles períodos longos de afastamento, pois o número de internações diminuiu. É um reflexo do avanço da vacinação no meio de nós”, comenta.
Outro setor que nota um impacto no funcionamento devido à epidemia de gripe é o de bares e restaurantes. “Temos tido muitos relatos de afastamentos por atestados, desde o final de dezembro. Esses atestados, em sua maciça maioria, são desta nova gripe”, informa o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Vervloet.
Ele diz que alguns bares e restaurantes já contabilizam 10% de sua força de trabalho afastada por conta de infecções por influenza ou por covid. “Isso se agrava pois é um período que a demanda é muito alta por conta do verão”, observa.
Vervloet informa que a saída dos empresários tem sido contratação de funcionários extras ou intermitentes para garantir atendimento aos clientes.
Ele lembra que o Sindbares reforça ainda mais informações sobre protocolos sanitários já que os funcionários desses estabelecimentos estão em contato com inúmeras pessoas e, pela natureza do negócio, os ambientes são fechados e as pessoas não estão de máscara o tempo todo.
“Durante o trabalho todos estão usando todos os aparatos de proteção para evitar contaminação mas é uma gripe que está alastrada em todos os locais”, comenta.
Fecomércio-ES: 10% a 15% das empresas são afetadas
“Temos informações que isso afetou de 10% a 15% das empresas que possuem acima de 40 funcionários. Funcionários desenvolvem sintomas gripais e procuram o serviço médico. Por precaução, é necessário fazer esse afastamento porque você está lidando com a saúde do trabalhador e também dos clientes que frequentam o espaço”, explicou o presidente do Fecomércio, José Lino Sepulcri.
Em sua análise, o contexto é preocupante mas não é desesperador. “As lojas e o comércio em geral têm se esforçado para funcionar mesmo com essas baixas de funcionários. Nós não temos, até o momento, necessidade de alteração de horários. Mas, vamos continuar com os nossos protocolos de segurança e a conscientização junto aos lojistas como fornecimento de álcool em gel, uso de máscaras e, logicamente, incentivando também à vacinação”, completou.
Reprodução: Folha Vitória
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