Enem: nota do exame pode ser usada para estudar no exterior

Nos dois últimos finais de semana, mais de 40 mil capixabas testaram seus conhecimentos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Agora, uma nova fase começa, a espera pelos resultados. O que poucos sabem, é que há a possibilidade de usar sua nota para estudar no exterior.

Portugal, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Irlanda e França, são alguns dos países que aceitam a nota do Enem para o ingresso em algumas de suas universidades. Algumas das instituições estão listadas entre as melhores do mundo.

Portugal

É o lugar mais fácil para estudar usando a pontuação do Enem. Ao todo, 51 instituições aceitam as notas do exame como forma de ingresso. Veja a lista completa.

A possibilidade de estudar no país faz parte de um acordo luso-brasileiro e permite que o Enem sirva, única e exclusivamente, como forma de admissão em substituição ao processo seletivo tradicional. Cada universidade define as regras e os pesos para uso das notas.

Mas, fique atento, os convênios do Ministério da Educação (MEC) com as instituições portuguesas não envolvem transferência de recursos e não oferecem financiamento estudantil pelo governo brasileiro.

Estados Unidos

Recentemente, a Universidade de Nova Iorque (NYU), se juntou à lista de universidades do exterior, que aceitam o exame como forma de admissão em seus mais de 230 cursos.

A instituição, que já é conhecida mundialmente por seus programas de intercâmbio e por receber alunos de outros países, definiu o Enem como uma forma de substituição dos testes padronizados do país, já que as escolas brasileiras não preparam os alunos para estes testes.

Os capixabas que queiram usar o exame para se candidatar à instituição estadunidense podem enviar a própria nota. No entanto, os responsáveis pela escola onde cursaram o ensino médio devem confirmar o resultado para que a pontuação seja oficializada pela NYU.

Reino Unido

Embora o Certificado de Ensino Médio e a nota do Enem sejam considerados abaixo do padrão britânico para admissão direta em suas universidades, o Reino Unido permite que estes itens sejam utilizados para ingresso nos programas do “Foundation Year”, que é uma espécie de treinamento com duração de um ano.

Esse treinamento serve para preparar o estrangeiro para o sistema de ensino superior do país. Além de aperfeiçoar o inglês, o estudante tem acesso à aulas de redação, metodologia de pesquisa, estudo dirigido, entre outras habilidades.

Depois de concluído esse programa, cada universidade possui um processo de admissão próprio. Algumas delas podem exigir a realização do vestibular local. Além disso, nas instituições britânicas, o Enem é somado a outros fatores, como fluência em inglês, histórico escolar do candidato no ensino médio e atividades extracurriculares.

Canadá

A Universidade de Toronto, maior do país, aceita o certificado de conclusão do Ensino Médio e o resultado do Enem como forma de admissão em diversos cursos.

Mas, é necessário ter um certificado de proficiência no inglês. A Universidade é referência em diferentes áreas do conhecimento, pesquisa e experimentos com células-tronco.

Irlanda

Candidatos, que já fizeram um ano de graduação em alguma universidade reconhecida do seu país, podem utilizar a nota do Enem na University College Cork.

É preciso ter obtido média mínima de 7 neste primeiro ano de graduação, podendo chegar a 9 dependendo do curso escolhido. A proficiência em inglês também pode ser exigida.

França

O país, assim como a Irlanda, exige que o candidato a uma vaga em uma de suas universidades, tenha sido previamente admitido por uma universidade brasileira, reconhecida pelo MEC e na mesma área de estudo.

Como no Brasil, grande parte das instituições exigem o Enem como forma de admissão, é desta forma que o estudante pode utilizar sua nota no exame.

Se você for aprovado no Brasil, com a sua pontuação é possível conseguir uma vaga lá também. Um bom histórico no Ensino Médio e proficiência na língua francesa também são exigidos.

 

 

Reprodução: Folha Vitória