Ferroviários avaliam locação de estádio como risco para a Desportiva

Ferroviários avaliam locação de estádio como risco para a Desportiva

Motivo de comemoração em 2014, a dissolução da Desportiva Capixaba, criada em 1999 fruto de sociedade entre a Desportiva Ferroviária e o Grupo Villa-Forte & Oliveira Empreendimentos e Participações S/A, segue provocando grandes dificuldades ao clube de Jardim América, em Cariacica.

Antes da dissolução a Justiça Trabalhista “colocou tudo no mesmo bolo” e os passivos das empresas do Grupo Villa-Forte recaíram sobre a Ferroviária. Com isso, o time grená herdou uma dívida na ordem dos R$ 80 milhões que comprometeu bens, como o próprio estádio José Alencar de Araripe.

Há um processo de liquidação em curso, em que o administrador judicial, nomeado pela Justiça, definirá, por exemplo, o aluguel do estádio. Documentação que contra do processo judicial, relativa à empresa de Marcelo Villa-Forte, dá conta que a Villa Empreendimentos e Participação Ltda. é uma holding de instituição financeira e consultoria em gestão empresarial, com situação cadastral ativa desde 2018 e de capital financeiro de R$1 milhão., tendo Marcelo Villa Forte de Oliveira como responsável.

O empresário deseja alugar o estádio e, em princípio, teria sido a preferência do liquidantes, o servidor público Vaner Corrêa. Enquanto o estádio sofreu atos de penhora, o bens de Marcelo Oliveira não foi alvo de execuções federais.

Segundo dirigente que prefere não ter o nome divulgado, a locação é um risco. “Se o empresário tem um capital de R$ 1 milhão e propôs pagar R$ 60 mil por mês a título de local, isso significa um total de R$ 720 mil. Isso não poderia sofrer um bloqueio antes de chegar ao caixa do liquidantes? Tenho minhas dúvidas em relação a essa preferência e, inclusive, estamos descontentes com o liquidante”, disse o dirigente.

A disputa judicial travada na Justiça preocupa também porque a Desportiva Ferroviária iniciou transição para a chegada da SAF a partir de assinatura de contrato da proposta vinculante, avaliada em R$ 116 milhões, por 90% do clube, em acordo com a Tiva Investimentos, holding criada para assumir o comando do futebol grená.

A proposta vinculante foi feita pela Tiva Investimentos, holding constituída em torno de dez acionistas, no qual apenas Meden e Sávio possuem o nome público.

 

Fonte: Es Hoje