Homenagens marcam os 60 anos da Desportiva, reconhecendo ídolos e torcedores do clube

Homenagens marcam os 60 anos da Desportiva, reconhecendo ídolos e torcedores do clube

A Desportiva está completando 60 anos e nesta segunda-feira (19) foi homenageada com uma sessão solene na Assembleia Legislativa, promovida pela deputada estadual Janete de Sá (PSB).

O plenário foi palco de reencontros e muita emoção. Grandes nomes do clube capixaba tiveram a chance de se ver depois de muitos anos. Mais de 30 pessoas foram homenageadas entre ex-atletas, dirigentes, torcedores, radialistas e ex- integrantes de comissões técnicas.

Dentre os fãs grenás, o apresentador do programa “ES no Ar” da TV Vitória, Eduardo Santos, também recebeu a homenagem. “Desde que nasci, sou torcedor da Desportiva. Me sinto muito honrado em ser homenageado no dia do aniversário do clube que eu amo”, declarou Dudu.

O primeiro goleiro da Locomotiva Grená, seu Adjalmo Francisco Teixeira, que está com 97 anos, foi representado pela neta e enviou um vídeo, exibido durante a sessão. Ele jogou por 30 anos no time e depois foi zelador do clube por mais 30 anos.

Além de ídolo do clube de Jardim América, o “Guardião do Jardim”, como é conhecido pelos torcedores, também foi o único goleiro do Espírito Santo a sofrer um gol do Rei Pelé, em amistoso disputado em 1965, no antigo estádio Governador Bley, atual campus do Ifes, contra o extinto time do Santo Antônio.

As torcidas organizadas Esquadrão Grená, Grenamor, Inferno Grená, Jacarativa e o mascote da Desportiva Ferroviária, o “Maquinista Grená”, deram o tom de alegria à solenidade.

Em seu pronunciamento, a deputada Janete de Sá destacou a sua história de vida como torcedora grená e a trajetória de jogadores como Geovani e Edmar. “A gente relembra o tempo da infância, da adolescência. A história da Desportiva tem muito a ver com a história da minha família de ferroviários”, disse.

História

A Desportiva Ferroviária foi fundada em 17 de junho de 1963, no bairro Jardim América, em Cariacica, surgindo da fusão de cinco equipes capixabas e mineiras (Ferroviário, Cauê, Vale, Guarany e Valeriodoce) que não obtiveram bons resultados nos estaduais, fazendo com que a então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), empresa ao qual pertenciam os funcionários dos times, criasse a agremiação.

Com o subsídio da Vale do Rio Doce o time ferroviário se tornou um dos maiores celeiros de craques desde a sua fundação até a saída da companhia, após a privatização, em 1998.

Em Jardim América também se localiza o estádio do time, o Engenheiro Alencar de Araripe, que atualmente possui capacidade para 8 mil pessoas, sendo construído pela antiga Vale do Rio Doce em 1966.

Revelações

A Locomotiva Grená, como é chamada a Desportiva por seus torcedores, revelou grandes craques em cada década, como o meia Luizinho, em 1963, que foi fundamental nas conquistas dos títulos de 1964, 1965 e 1967; e o lateral direito Humberto Monteiro, que atuou de 1965 a 1967 e depois brilhou no Atlético-MG, em 1971, na conquista do primeiro título brasileiro pelo time comandado pelo então iniciante treinador Telê Santana, jogando a final, na vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo, no Maracanã.

Na década de 70 Elci era o zagueiro que fez a melhor dupla de zaga do clube, com Juci. A Desportiva Ferroviária voltaria a ser campeã estadual em 1972, 1974, 1977, 1979, 1980 e 1981 e conquistou depois o Capixabão por mais sete vezes (1984, 1986, 1989, 1992, 1994, 1996 e 2000).

As maiores revelações da Desportiva para o futebol brasileiro foram Sávio (Flamengo, Seleção Brasileira e Real Madrid) e Geovani (Vasco e Seleção Brasileira).

Fonte: Folha Vitória.