Pix por aproximação começa a valer: saiba como funciona e quem pode fazer uso

Pix por aproximação começa a valer: saiba como funciona e quem pode fazer uso

Começa a funcionar oficialmente nesta sexta-feira de Carnaval, dia 28 de fevereiro, a mais nova aplicação do Pix: o pagamento por aproximação. Assim como ocorreu com os cartões de crédito e débito, será possível pagar as compras apenas encostando o celular na máquina de cartão.

Para isso, os consumidores poderão incluir o Pix nas carteiras digitais, eliminando a necessidade de acessar o aplicativo bancário para fazer a transação. Porém, a funcionalidade só estará disponível para usuários de aparelhos com Android e que tenham conta em instituições bancárias incluída no Open Finance.

O valor máximo das operações será de R$ 500, podendo ser menor caso o cliente determinar. O cliente pode determinar também um valor máximo por dia.

Como funciona o Pix por aproximação?

O Pix por aproximação usa a tecnologia NFC (Near Field Communication), a mesma presente em cartões de crédito e débito. Com ela, os pagamentos via Pix podem ser feitos sem precisar digitar chaves ou escanear QR Codes. Basta aproximar o celular ou outro dispositivo compatível de uma máquina habilitada para que a transação seja processada.

Para utilizar a nova funcionalidade, no entanto, o aparelho precisa ter suporte à tecnologia NFC. Além disso, o usuário precisa habilitar o pagamento por aproximação no aplicativo do banco e na carteira digital. Isso significa que celulares com mais de 5 anos não funcionarão para o Pix por aproximação.

A nova tecnologia também deve deixar de fora quem ainda não tiver chaves Pix cadastradas, segundo o BC. Além disso, a ferramenta só está disponível para quem tem um celular rodando em sistema operacional Android 6 e utilizando a carteira digital do Google, a Google Pay.

Quem tem a carteira digital da Samsung e da Apple terá de esperar um pouco mais. Isso porque as duas empresas ainda negociam a entrada no sistema do Banco Central para se tornarem iniciadoras de pagamento. Com isso, usuários de iPhones, por enquanto, ficam de fora do Pix por aproximação.

Dilema e limitação

Segundo a consultoria Capco, especializada em gestão e tecnologia para o setor financeiro, há um grande dilema para as grandes empresas incluírem o Pix por aproximação nas carteiras digitais. Isso porque elas precisam se cadastrar como iniciadoras de pagamentos, o que as obrigaria a se adequarem ao padrão do Open Finance.

O Google se antecipou e fez o acordo, porque já mantinha um sistema parecido em funcionamento na Índia. Quanto à Apple, tudo indica que a empresa acabe liberando o uso do NFC para outros aplicativos, como vem sendo negociado sob pressão em países europeus. De fato, recentemente, a empresa anunciou que na versão de seu sistema operacional iOS 18.1 seria permitido o acesso ao chip NFC por outros aplicativos além do Apple Pay, que alimenta os recursos de pagamento por aproximação.

No final do ano passado, havia a expectativa de que, até a entrada em funcionamento do novo modelo de pagamento, o problema estivesse resolvido. Mas isso ainda não aconteceu. Entretanto, como mais de 90% dos celulares brasileiros usam a plataforma Android, isso não deve fazer muita diferença. Na outra ponta, as maquininhas dos estabelecimentos também já estão habilitadas para o pagamento por NFC já há algum tempo.

(Fonte: Infomoney. Imagem: Agência Brasil)